Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

17 de janeiro de 2018

Josué - Herói da Fé

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Ernesto Kraft



“Pela fé caíram os muros de Jericó, depois de serem rodeados durante sete dias.” (Hebreus 11.30)

A fé é um poder que nos faz experimentar Deus na sua força e nas suas ilimitadas possibilidades. Lemos que pela fé as fortes e altas muralhas de Jericó caíram. Humanamente, isso não é compreensível, pois para derrubar muros tão fortes seria necessário mais do que rodear a cidade durante sete dias.

O povo de Israel finalmente chegara à terra prometida e agora precisava conquistá-la. A primeira coisa que precisamos para vencer na fé é ter uma promessa. Em Josué 6.1-2 lemos: “Jericó estava completamente fechada por causa dos israelitas. Ninguém saía nem entrava”. Em seguida o texto fala da promessa de Deus: “Então o Senhor disse a Josué: ‘Saiba que entreguei nas suas mãos Jericó, seu rei e seus homens de guerra’”.

Precisamos ter cuidado com a maneira como cremos. Não podemos crer simplesmente porque está escrito “tudo é possível àquele que crê” (Marcos 9.23). Deus pode todas as coisas, mas ele se mantém em sintonia com a sua Palavra. Por exemplo: não podemos orar para que Deus salve o mundo inteiro automaticamente, porque isso significaria que não precisaríamos mais evangelizar. Ou: orar para que Deus castigue o vizinho mau e, como resultado dessa oração, o vizinho escorrega e cai. Deus é Onipotente, mas também é contra essas práticas. Quando os discípulos pediram fogo do céu para destruir os samaritanos, Jesus responde que eles não deveriam praticar esse tipo de fé (Lucas 9.54-55).

Quando vivemos em obediência à Palavra de Deus e à sua vontade, experimentamos os milagres do Senhor em nossa vida. Josué não explicou a Deus como fazer para derrubar as muralhas, ele simplesmente creu e fez o que o Senhor ordenara. Não é tarefa para qualquer um ter diante de si as altas muralhas de Jericó, não possuir armamento nenhum e apenas rodear a cidade em silêncio durante uma semana.

A instrução para que o povo rodeasse a cidade em silêncio tinha seu objetivo. Lemos em Josué 6.10: “Mas Josué tinha ordenado ao povo: ‘Não deem o brado de guerra, não levantem a voz, não digam palavra alguma, até o dia em que eu ordenar. Então vocês gritarão!’”. Um único comentário de alguém do povo seria suficiente para levar todos ao desânimo e à incredulidade. Uma simples palavra do tipo “isso tudo não faz sentindo algum! Até agora não aconteceu nada, as muralhas ainda não se moveram nem um milímetro!” poderia ter desmotivado todos.

O nosso desafio diário é viver o que está escrito em Provérbios 3.5: “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas”.

Em 2Coríntios 10.4-5 lemos: “As armas com as quais lutamos não são humanas; ao contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas. Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo”. Essa foi a arma utilizada pelo povo de Israel contra a cidade fechada de Jericó.

É importante utilizar armas que Deus diz que são poderosas. A arma dos israelitas foi o silêncio: rodearam a cidade, calados. Entre nós, essa é uma arma pouco utilizada, pois a nossa tendência é escolher o caminho dos gritos e da violência.

A Bíblia também cita o silêncio no trato das mulheres com os seus maridos. Lemos em 1Pedro 3.1: “Do mesmo modo, mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, a fim de que, se ele não obedece à palavra, seja ganho sem palavras, pelo procedimento de sua mulher”. O silêncio é uma arma poderosa, capaz de destruir fortalezas! Talvez o coração de seu marido pareça ser uma muralha impenetrável. Rodeie-o em silêncio durante alguns dias. Escolha o caminho que trará êxito. Observe que, após o povo rodear a cidade no primeiro dia, nada aconteceu. Quando os cidadãos de Jericó descobriram a estratégia dos israelitas, começaram a zombar cada vez mais. Mas se você tem uma promessa, não desista; a estratégia humanamente desprezada é poderosa para destruir fortalezas. Portanto continue, rodeie Jericó! Os muros cairão, não desista! Na sétima vez em que os israelitas rodearam a cidade, eles receberam o cumprimento da promessa.

Também na história de Naamã podemos observar a importância da perseverança. Ele experimentou a cura de sua enfermidade somente depois do sétimo mergulho no rio Jordão. Se você ainda está na terceira ou quarta volta, não desista. Na sétima vez você verá a solução!

Esse princípio também pode ser aplicado na oração. Elias nos ensina a perseverar: “‘Vá e olhe na direção do mar’, disse ao seu servo. E ele foi e olhou. ‘Não há nada lá’, disse ele. Sete vezes Elias mandou: ‘Volte para ver’. Na sétima vez o servo disse: ‘Uma nuvem tão pequena quanto a mão de um homem está se levantando do mar’” (1Reis 18.43-44).

Quando utilizamos as estratégias corretas para alcançar as promessas, faremos grandes proezas com Deus! Mesmo fracos e miseráveis, veremos altas muralhas caindo e o impossível se tornar possível. “Vocês precisam perseverar, de modo que, quando tiverem feito a vontade de Deus, recebam o que ele prometeu” (Hebreus 10.36).

Jericó significa “perfume”, “bálsamo” ou “local perfumado”. Alcançar uma vitória é como um bálsamo que nos motiva e fortalece. A vitória sobre Jericó foi um evento assim para o povo de Deus. Vale a pena perseverar até alcançar a vitória, pois ela será um “bálsamo” ou “local perfumado”. Testemunhar a conversão de um marido, dos filhos ou parentes, por exemplo, é uma vitória tão grande que nos motiva a continuar confiando em Deus.

Não se deixe enganar pelo que vê, pelas sugestões do seu raciocínio ou pelo que os homens dizem. Continue firme e espere pela ação de Deus. Não deixe que a sua condição, mesmo que seja de fraqueza, doença ou impotência, se torne um argumento para deixar de crer. Vemos no exemplo de Josué 6 que a ação de Deus não depende da força humana. Não foram os gritos dos homens nem sua força física que levaram as muralhas a cair, mas somente a fé em Deus, de forma que Deus foi o realizador. Faça a sua parte, e Deus fará a dele, como lemos no Salmo 37.5: “Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá”.

Deus sempre age dessa forma! E quando adotamos, em obediência, os princípios da Bíblia, não restará nenhuma vanglória para nós mesmos. Nós não podemos derrubar as muralhas de um coração endurecido, somente Deus pode fazê-lo. Mas podemos ser instrumentos e, pela obediência, servos usados por Deus. Você ainda trabalha com o Senhor ou você é escravo da lógica e da incredulidade? Você grita quando deveria manter silêncio, tornando-se assim incapaz de vencer as fortalezas do inimigo? Para aqueles que trabalham com Deus e o consideram a sua força, vale: “Prosseguem o caminho de força em força, até que cada um se apresente a Deus em Sião” (Salmo 84.7).

Deus é visto e glorificado por meio da nossa fé? Se ele é visto e glorificado em nossa vida, então estamos em comunhão com ele. Servimos os outros com os dons e talentos que ele nos deu? Honre a Deus com sua fé e obediência. “Com Deus conquistaremos a vitória, e ele pisará os nossos adversários” (Salmo 108.13).


Por Ernesto Kraft

Extraído de Heróis da Fé

http://www.chamada.com.br/mensagens/josue.html



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